USO DE TANINO NO TRATAMENTO PRESERVATIVO DA MADEIRA DE JACARANDA COPAIA

O objetivo desse trabalho foi utilizar extrativos tânicos como preservativo para madeira e avaliar o comportamento das soluções preservativas no ensaio de preferência alimentar modificado, utilizando a perda de massa como unidade de controle. Para o experimento foi utilizada a espécie Jacaranda copaia, conhecida vulgarmente como parapará, suscetível ao ataque de térmitas. Para proceder o tratamento dos corpos de prova foram produzidas quatro soluções distintas contendo como base o extrato de tanino a 10%; solução na proporção 2:1 de extrato de tanino e sulfato de alumínio a 0,06 molar (TALL); solução na proporção de 4:1 de extrato de tanino e cloreto de lítio a 3,5% (TLL); 2 soluções na proporção de 4:2:1 de extrato de tanino, sulfato de alumínio a 0,06 molar e cloreto de lítio a 3,5% (TLA), respectivamente, sendo um desses extratos fermentado com Saccharomyces cerevisiae (TF) para diminuição de unidades de D-glucose. A aplicação foi realizada por capilaridade com 5 repetições para cada tratamento, sendo os corpos de prova nas dimensões de 2x2x5cm (largura x espessura x comprimento). Os corpos de provas tratados e as amostras controle foram dispostos em conjunto de maneira casual no ensaio de preferência alimentar às térmitas da espécie Nasutitermes globiceps. A retenção média variou na faixa 12% a 7,62%, sendo a maior no tratamento TLL e a menor no tratamento TALL. Entretanto, o resultado mais promissor, no ensaio de preferência alimentar, foi do tratamento TF, onde a perda de massa média foi de apenas 4,47% apresentando uma resistência média 82% superior em relação à resistência média das amostras controle. Os resultados obtidos nesse experimento configuram uma alternativa viável para o tratamento de madeiras de baixa durabilidade natural.