DETERMINAÇÃO DO RENDIMENTO DE MADEIRA SERRADA DE TRÊS ESPÉCIES FLORESTAIS DA AMAZÔNIA

O objetivo desse trabalho foi avaliar o rendimento em madeira serrada de toras de três espécies florestais, angelim pedra (Hymenolobium petraeum Ducke), cambará (Qualea sp. Aubl) e curupixa (Micropholis venulosa (Mart. & Eichler) Pierre). Para isso, foram tomadas seis toras por espécie, que foram desdobradas em uma serraria localizada no município de Brasnorte, estado de Mato Grosso. Obteve-se o rendimento em madeira serrada convencional, a partir do desdobro realizado na serraria, e a estimativa do máximo rendimento que poderia ser obtido a partir do uso do software SigmaE, com base nas dimensões das toras avaliadas (diâmetro médio e comprimento) e espessura da lâmina de serra. Os rendimentos em madeira serrada obtidos de forma convencional na serraria e otimizado foram também comparados entre si pelo teste t de Student, para amostras independentes, a 5% de significância. Os resultados mostraram que os rendimentos otimizados em madeira serrada, estimados a partir do software, foram sempre superiores nas três espécies florestais, inclusive com diferença estatística significativa em comparação àqueles obtidos no desdobro convencional dentro da serraria. O maior rendimento convencional em madeira serrada foi observado na espécie cambará, enquanto o maior rendimento otimizado foi obtido na espécie angelim pedra. Conclui-se que a utilização do software para a otimização dos modelos de corte de toras auxilia na operações de desdobro na serraria, visando máximo rendimento em madeira serrada. Com isso, é recomendado a utilização de softwares de otimização do desdobro de toras nas serrarias.