VEIA ISQUIÁTICA PERSISTENTE: UM RELATO DE CASO COM REVISÃO DA LITERATURA

A anatomia venosa é muito variável devido às malformações que podem ocorrer durante o desenvolvimento do embrião, produzindo variações anatômicas importantes nos troncos das veias principais do membro inferior e circulação colateral compensatória, sendo cada caso individual e complexo. Este estudo tem o intuito de descrever um caso de veia isquiática persistente encontrado no laboratório de anatomia da UFCSPA, assim como descrever suas características e relevância clínica. A presença da VIP pode ser subdiagnosticada, já que ela pode não apresentar sintomas durante longos períodos, até que se inicie uma insuficiência valvular crônica do retorno venoso do membro inferior. Ela pode ser acompanhada por hemangiomas cutâneos, varizes e hipertrofia de tecidos moles e duros, além de ser, na maioria dos casos, relacionada à ocorrência da Síndrome de Klippel-Trenaunay. Ademais, os pacientes portadores de VIP precisam ser acompanhados regularmente, uma vez que eles apresentam maior risco de trombose venosa pela variação anatômica, a qual pode gerar graves consequências nos indivíduos com risco cardiovascular.