UNIVERSIDADE, COMUNIDADE E ESCOLA: UM DIÁLOGO POSSÍVEL

A discussão deste artigo se fundamenta na crítica de Paulo Freire sobre a extensão universitária seguida do alerta do historiador Eric Hobsbawm sobre a destruição de nosso passado social, e visa à promoção de um debate crítico reflexivo sobre a relação verticalizada do saber da universidade com a comunidade e a escola. Intenciona perspectivar a ruptura de uma prática social caracterizada de assistencialista para uma pratica social dialogada, onde os saberes culturalmente constituído pela comunidade e pela escola possam circundar e retroalimentar o espaço acadêmico a partir da dimensão didática da extensão universitária, e com isso mudar a forma da universidade se relacionar com a sociedade, pois só assim poderemos rever percepções errôneas e sem ressonância com a pluralidade de saberes. E essa pluralidade pode ser revelada e comunicada sob uma nova forma de a universidade se relacionar, mas para isso será necessário a sua reinvenção diante de certas atitudes institucionalizadas mantenedoras de posturas hegemônicas que não tem nenhuma pretensão de dialogar com os saberes. Estamos vivendo tempos de intensa comunicação e as tecnologias sociais estão se estruturando em redes, onde o diálogo é a estrutura basilar de aferição para o melhor desempenho na gestão de conhecimentos, e a comunidade, assim como a escola, são estruturas organizacionais de vital importância para a universidade por serem os eixos fundantes de sua efetiva prática social.