TERRITÓRIO E FEIRA LIVRE EM SANTANA DO IPANEMA/AL: APONTAMENTOS DE PESQUISA

Diante da importância das feiras livres para a dinamização econômica do Sertão alagoano, bem como do envolvimento da agricultura familiar nesse contexto, o presente artigo elucidou sobre a territorialidade e o legado simbólico/prático da ocupação do espaço público comercial, ainda que informal, destinado aos agricultores-feirantes. Na feira livre moderna, encontramos dois tipos de feirantes: o agricultor-feirante, que produz o que comercializa; e o feirante de profissão, que coincide com a figura do atravessador, mais dependente de crédito do que o primeiro. A partir dos trabalhos de campo exploratórios realizados na feira livre de Santana do Ipanema, a maior do médio sertão alagoano, identificamos a oferta de grande variedade de produtos, dentre os quais muitos não são característicos da produção agrícola regional, bem como a presença constante de bancas com a produção característica dos camponeses do sertão (macaxeira, feijão). Vemos a importância de averiguar a participação dos feirantes/ produtores nesse espaço legitimamente camponês. Para a realização desta investigação, utilizamos dados primários e secundários, com aplicação de questionários e entrevistas semiestruturadas no espaço da feira.