SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA ANEMIA INFECCIOSA EQUINA NO BRASIL ENTRE 2000 E 2023

Objetivo: descrever as informações relatadas nas notificações da anemia infecciosa equina (AIE) em equinos do Brasil e discutir os possíveis cenários para prevenção e controle da disseminação viral. Métodos: trata-se de um estudo ecológico, quantitativo, do tipo descritivo e exploratório. Ele versa sobre a análise das notificações de AIE selecionadas nos boletins epidemiológicos disponibilizados pelo Sistema Nacional de Informação Zoossanitária (SIZ) que utiliza a base de dados do Sistema Brasileiro de Vigilância e Emergências Veterinárias (e-SISBRAVET). Foram estudadas as informações dos anos de 2000 a 2023. Os dados foram coletados no sistema supracitado e analisados utilizando o software GraphPad Prism® 6. Resultados: entre os anos de 2000 e 2023 foram notificados 141.668 casos de AIE em equinos no Brasil. O ano de 2023 apresentou o menor número de notificações, enquanto o ano de 2009 apresentou o maior número de notificações. Os estados brasileiros com maior número de notificações da AIE são Mato Grosso, Pará, Maranhão, Bahia, Piauí, Ceará e Sergipe. Em contrapartida, os estados da região Sul do Brasil apresentam os menores índices de prevalência da doença. Conclusão: a AIE destaca-se pela sua interconexão entre a saúde animal, humana e ambiental. A abordagem integrada do One Health reconhece que a saúde dos animais está intrinsecamente ligada à saúde humana e ao equilíbrio ambiental. Portanto, controlar a propagação da AIE não apenas beneficia os cavalos, mas também protege a saúde pública e preserva a biodiversidade, exemplificando a importância de uma abordagem holística para o bem-estar global.