SITUAÇÃO DE SAÚDE DE ADOLESCENTES COM DEFICIÊNCIA ASSISTIDOS EM CLÍNICA ESPECIALIZADA DA ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL, PARANÁ-PR, 2022: ESTUDO TRANSVERSAL.



SITUAÇÃO DE SAÚDE DE ADOLESCENTES COM DEFICIÊNCIA ASSISTIDOS EM CLÍNICA ESPECIALIZADA DA ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL, PARANÁ-PR, 2022: ESTUDO TRANSVERSAL.
Cristiane De Melo Aggio
Cristiana Magni
David Livingstone Alves Figueiredo

28/06/2024
129-140
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Objetivo: Avaliar a situação de saúde de adolescentes com deficiência atendidos em uma clínica especializada, abordando as condições de saúde prevalentes, determinantes sociais da saúde e barreiras ao acesso aos cuidados de saúde. Método: Estudo transversal analítico, com coleta de dados retrospectiva em clínica especializada de Organização da Sociedade Civil do Paraná-PR, durante o segundo semestre de 2022. Participaram do estudo adolescentes entre 10 e 19 anos, com deficiências. Utilizou-se análise estatística para avaliar variáveis dependentes e sociodemográficas, condições perinatais e pós-natais, e terapias realizadas. Resultados: Dos 114 adolescentes participantes, a maioria era do sexo masculino (68.4%). As condições de saúde mais prevalentes incluíam transtornos mentais e comportamentais (74.3%), doenças do sistema nervoso (32.1%) e malformações congênitas (32.1%). As análises revelaram a necessidade de terapias múltiplas, incluindo fisioterapia (90.7%), fonoaudiologia (89.8%) e psicologia (71.1%), entre outras. Acesso limitado a serviços de reabilitação e diagnóstico especializado foi identificado como uma barreira significativa. Discussão: Destacou-se a complexidade do cuidado aos adolescentes com deficiência, apontando para a necessidade de um modelo de atenção integral e multiprofissional. A prevalência de condições múltiplas reforça a importância de abordagens personalizadas e diversificadas no cuidado. As barreiras identificadas ao acesso aos cuidados especializados e à reabilitação contínua refletem desafios críticos na rede de atenção à saúde destes indivíduos. Conclusão: Evidenciou-se a urgente necessidade de melhorias na assistência à saúde de adolescentes com deficiência, enfatizando a importância de políticas públicas inclusivas e eficazes. Sugere-se a capacitação contínua de profissionais de saúde e a integração dos sistemas de informação em saúde como estratégias para superar barreiras ao acesso e promover cuidados mais equitativos. A inclusão desses adolescentes em programas de reabilitação adaptados às suas necessidades é crucial para garantir sua participação social e independência.
Ler mais...Acesso aos Serviços de Saúde, Desenvolvimento Infantil, Itinerário Terapêutico, Pessoas com Deficiência, Serviços de Reabilitação
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