SECAGEM DA MADEIRA EM TORA DE EUCALYPTUS SPP. PARA FINS ENERGÉTICOS

Na produção de carvão vegetal, a secagem da madeira influencia diretamente o rendimento gravimétrico, a geração de finos e o tempo de carbonização. O melhoramento genético do eucalipto no Brasil, geralmente, é voltado para a produção volumétrica de madeira e não para sua a qualidade, podendo gerar impacto desde a secagem até o produto final. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito do Incremento Médio Anual (IMA) de seis clones de Eucalyptus spp., aos nove anos de idade, na velocidade de secagem da madeira em tora para produção de carvão vegetal. No método para a secagem da madeira, três classes de diâmetro, com e sem casca com duas repetições cada, foram utilizadas. Os toretes de madeira foram colocados em uma estrutura a 60 cm do piso para evitar contato direto com o mesmo. A umidade inicial dos toretes de madeira foi determinada e o monitoramento da secagem foi realizado quinzenalmente por meio de pesagens de cada torete até o 154º dia de observação. Para os dados de secagem, foram ajustados modelos exponenciais para explicar o comportamento da perda de umidade; e a comparação entre os tratamentos foi realizada pelo teste de identidade de modelos. Os resultados demonstraram que o IMA e o diâmetro afetam diretamente o tempo de secagem da madeira em tora, onde os genótipos que apresentaram os maiores diâmetros demandaram maior tempo para secar. A conclusão da pesquisa foi que os materiais genéticos 1213, 57 e GG100 secaram mais rapidamente em relação aos demais.