RESISTÊNCIA MUSCULAR A TRAÇÃO: COMPARAÇÃO ENTRE GRUPOS DE RATOS NORMAIS E RECUPERADOS DE DESNUTRIÇÃO.

A desnutrição proteica, caracterizada pela deficiência na ingestão de proteínas, afeta gravemente as funções fisiológicas do organismo, especialmente o desenvolvimento e funcionamento do músculo esquelético. A privação de proteínas resulta em enfraquecimento das fibras musculares e diminuição da capacidade de geração de força, impactando negativamente a resistência à fadiga e a capacidade de resposta a estímulos, como a tração. Estudos demonstram que a desnutrição nas fases iniciais do desenvolvimento, como na infância e em modelos experimentais com roedores, compromete a síntese proteica e a regeneração das fibras musculares, causando alterações morfológicas e funcionais no tecido muscular. Embora a reposição proteica seja fundamental para aumentar a massa muscular e promover a síntese de proteínas, a recuperação anatomofuncional completa do músculo não ocorre apenas com a suplementação proteica. A recuperação funcional requer uma abordagem nutricional mais abrangente, incluindo outros nutrientes essenciais e um programa adequado de reabilitação muscular. Mesmo após a recuperação nutricional, os músculos desnutridos podem não atingir a mesma funcionalidade dos músculos de indivíduos bem nutridos, evidenciando que a recuperação da força muscular e da resistência à tração pode ser limitada, especialmente em casos de desnutrição prolongada. Portanto, a recuperação da desnutrição proteica exige não apenas a reposição de proteínas, mas também a restauração de processos metabólicos e celulares mais amplos que sustentam a função muscular.