RESISTÊNCIA À PENETRAÇÃO DE UM LATOSSOLO AMARELO DISTRÓFICO SOB MATA E ÁREA PLANTADA COM PREPARO MECANIZADO

A compactação de um solo pode ser medida a partir da densidade do solo, porosidade, permeabilidade ou condutividade hidráulica e resistência à penetração. O objetivo deste trabalho foi avaliar a resistência à penetração de um Latossolo Amarelo sob duas formas de uso, localizado na Agrovila Castelo Branco, Castanhal-PA. As leituras da resistência à penetração (RP) foram obtidas a partir de um penetrômetro com anel dinamométrico. Adotou-se um esquema fatorial 2 x 2, sendo 2 ‘sistemas’ (Área cultivada; Área de mata) e 2 ‘profundidades’ do solo (camada superficial; 20 cm de profundidade). Não houve efeito significativo (P>0,05) para o fator ‘sistema’. Foram observadas RP médias, aproximadas, de 73,0 e 80,0 kgf cm-2 para o solo da área ‘cultivada’ e da área de ‘mata’, respectivamente. Quanto ao fator ‘profundidade’ verificou-se que na profundidade de 30cm (115,0 kgf cm-2) a RP do solo é 3x (três vezes) maior quando comparada à camada superficial (38,0 kgf cm-2). No tocante a interação, notou-se que na camada superficial, o solo da área ‘cultivada’ oferece maior resistência a penetração, provavelmente causada pelas práticas mecanizadas. Enquanto o solo da área ‘cultivada’ tem resistência de 43,2 kgf cm-2, o solo da área de ‘mata’ tem resistência média de apenas 32,0 kgf cm-2, diferindo estatisticamente. Quanto maior a resistência, maior a compactação, maior a densidade, menor a porosidade implicando em menor infiltração de água no solo que pode trazer como consequência escoamento superficial de água traduzindo em erosão e seus efeitos deletérios.