REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE DA ATENÇÃO BÁSICA ACERCA DO TRANSTORNO MENTAL

Objetivo: Conhecer e analisar as representações sociais de profissionais de saúde da atenção básica sobre transtorno mental, no município de Salvador/BA. Métodos: Pesquisa de campo descritiva, de abordagem qualitativa, realizada em quatro unidades da Atenção Básica à Saúde, dentre elas: Centro de Saúde, USF e UBS de dois Distritos Sanitários de Salvador/BA. A coleta de dados ocorreu no período de janeiro e fevereiro de 2024, utilizando-se da Técnica de Associação Livre de Palavras, embasada na Teoria das Representações Sociais. Os critérios de inclusão foram: ser médico, enfermeiro, técnico em enfermagem, agente comunitário de saúde, dentista ou auxiliar em saúde bucal atuante em uma das unidades de Atenção Básica selecionadas. O critério de exclusão foi possuir diagnóstico ou ser cuidador de algum indivíduo com transtorno mental. Utilizou-se o programa OpenEvoc para análise de dados. Resultados: Participaram desta pesquisa 29 profissionais de saúde da atenção básica. Os resultados apontaram uma compreensão ambígua frente os estímulos indutores “transtorno mental” e “pessoa com transtorno mental”, posto que os profissionais demonstraram consciência do processo de estigmatização sofrido por essa população e características do novo modelo de atenção à saúde mental, porém apresentaram evocações que revelaram compartilhar representações negativas ligadas ao paradigma biomédico, perpassadas pelo medo e exclusão. Conclusão: Essa visão negativa, definida por estereótipos, representa uma ameaça à assistência à saúde integral, acessível e de qualidade, alinhados ao paradigma psicossocial, além de ser um barreira para a inclusão social desses sujeitos.