REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DOS FAMILIARES ACERCA DA DOENÇA MENTAL

Objetivo: Este trabalho é uma discussão realizada pelos autores acerca das percepções dos familiares sobre a doença mental. A experiência desenvolvida no município de Campina Grande-PB, em uma Unidade Básica de Saúde da Família é a referência analítica desta questão. Investigam-se as diferentes Representações Sociais formuladas por familiares de doentes mentais acerca de sua doença, bem como sua atuação no tratamento do doente. Métodos: A pesquisa prioriza aspectos qualitativos, sendo utilizadas entrevistas semi-estruturadas. A amostra foi selecionada a partir de sorteio simples, sendo uma família por microárea de Agente Comunitário, perfazendo um total de cinco famílias. Resultados: Este estudo constata que o tratamento nos Centros de Apoio Psicossocial (CAPS) é dito como ineficaz e nenhum dos doentes frequenta o mesmo. Somando-se a estes fatos, nenhum dos entrevistados obteve informações médicas a respeito do diagnóstico e tratamento da doença, o que consideramos contribuir para estigmatizaçao do doente mental por seus próprios familiares, levando-os a privá-los inclusive do convívio em sociedade. Conclusões: Evidencia-se que os familiares deste estudo não explicam nem compreendem plenamente a doença mental, não conseguindo interpretar as “manifestações” da mesma. Seus depoimentos são marcados pela diversidade de sentidos e significados que demonstram as inúmeras maneiras de compreenderem e explicarem a doença mental.