RELAÇÃO ENTRE DENSIDADE BÁSICA E RESISTÊNCIA À FLEXÃO ESTÁTICA DA MADEIRA DE TRÊS ESPÉCIES NATIVAS DO CERRADO

Objetivo: O objetivo do trabalho foi determinar a correlação entre densidade básica, resistência e rigidez à flexão estática nas madeiras de Myracrodruon urundeuva Fr. All (aroeira), Eugenia dysenterica DC (cagaita) e Tabebuia roseo-alba (Ridl.) (ipê-branco). Metodologia: A madeira utilizada foi oriunda de floresta nativa do Cerrado, onde foram confeccionados dez corpos de provas para cada espécie estudada obtendo-se a densidade básica, determinada pelo método da balança hidrostática, enquanto as resistências e rigidez à flexão estática foram determinadas conforme a norma COPANT 555 (1972), através do teste de flexão estática realizados em uma máquina universal de ensaios com sistema de aquisição de dados automatizados. Resultados: Houve diferença significativa na densidade entre as três espécies, sendo a Myracrodruon urundeuva com maior média (0,882 g.cm-³) e a Tabebuia roseo-alba com menor média (0,581 g.cm-³). Para o módulo de ruptura (MOR) à flexão estática também houve diferença significativa, sendo que a Myracrodruon urundeuva apresentou maior resistência (144,94 MPa) e a Tabebuia roseo-alba mostrou-se menos resistente (112, 35 MPa). Para o módulo de elasticidade (MOE), as espécies Myracrodruon urundeuva e Eugenia dysenterica mostraram-se iguais estatisticamente (12493,56 e 12177,64 MPa) enquanto que a Tabebuia roseo-alba apresentou menor rigidez (10810 MPa). Conclusão: Conclui-se que a densidade básica apresentou correlação diretamente proporcional à resistência (MOR) e a rigidez (MOE) das espécies estudadas, ou seja, quanto maior a densidade básica, maior foram os valores de MOE e MOR.