REDES SOCIAIS E AUTOIMAGEM: INVESTIGANDO A INFLUÊNCIA NA SAÚDE NUTRICIONAL DE ALUNAS DE NUTRIÇÃO EM UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA DO SERTÃO PERNAMBUCANA

O estudo teve como objetivo investigar o impacto das redes sociais na percepção da saúde nutricional de alunas de nutrição da Universidade de Pernambuco (UPE) Campus Petrolina, focando na satisfação com a imagem corporal e tendências para transtornos alimentares. Trata-se de um estudo transversal, quantitativo, realizado virtualmente com estudantes usuárias de redes sociais, através do Google Forms, de abril a junho de 2024. Foram utilizados questionários de identificação, escalas de silhuetas, BSQ, EAT-26, EBAI e TIS. A análise dos dados incluiu estatística descritiva e coeficiente de correlação de Pearson, utilizando planilhas do Google Sheets para cálculos de IMC e somatórios dos testes. Os resultados mostraram que 45% das 20 participantes, incluindo aquelas em estado de eutrofia ou baixo peso, apresentaram dismorfia ou insatisfação corporal de acordo com a escala de silhuetas e o EAT-26. Verificou-se que maior influência das mídias sociais na autopercepção resulta em maior insatisfação corporal. Além disso, 50% das participantes exibiram algum transtorno de imagem, e para 50%, a mídia era a principal influência na autopercepção, com 30% delas admitindo vício em Instagram. Foi encontrada uma forte correlação entre a influência da mídia e o aumento de transtornos de imagem (r= 0,75), bem como entre a insatisfação corporal e o risco para transtornos alimentares (r= 0,79). Os resultados sugerem que um estudo mais abrangente nessa área seria valioso para aprofundar o entendimento desses efeitos.