QUALIDADE EXTRÍNSECA DE PELES DE CAPRINOS E OVINOS ABATIDOS EM SÃO LUÍS, ESTADO DO MARANHÃO

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Título

QUALIDADE EXTRÍNSECA DE PELES DE CAPRINOS E OVINOS ABATIDOS EM SÃO LUÍS, ESTADO DO MARANHÃO

Autores:
  • Aline Carvalho Araújo Almeida

  • Karinne Francisca Cardoso Watanabe

  • João Arthur De Araújo Costa

  • Adonias Primeiro Rocha Dias

  • Juliana Maria Alves Caldas

  • Hamilton Pereira Santos

  • Viviane Correa Silva Coimbra

  • Nancyleni Pinto Chaves Bezerra

  • Danilo Cutrim Bezerra

DOI
  • DOI
  • 10.37885/240817540
    Publicado em

    07/10/2024

    Páginas

    70-85

    Capítulo

    5

    Resumo

    A baixa qualidade extrínseca de peles caprinas e ovinas disponível no Brasil tem limitado desempenhos mais expressivos do setor coureiro, prejudicando a capacidade do País de agregar valor ao produto. Logo, a qualidade deve ser tratada de forma ampla, com procedimentos que garantam ganhos progressivos na cadeia produtiva, do produtor rural ao empresário industrial. Objetivo: Nesse contexto, objetivou-se com o estudo avaliar a qualidade extrínseca de peles de caprinos e ovinos abatidos no município de São Luís, estado do Maranhão. Método: O estudo foi realizado no município de São Luís, estado do Maranhão, em locais de abate de pequenos ruminantes. Os dados da pesquisa foram coletados por meio do levantamento de defeitos nas peles passíveis de visualização a olho nu e desarmado. As peles inteiras foram tomadas ao acaso e o julgamento realizado in locu, após a etapa de esfola, com a avaliação da região dorso lateral das peles, pescoço e barriga. Os defeitos considerados no estudo foram: (i) carrapatos; (ii) berne; (iii) risco aberto; (iv) risco cicatrizado; (v) marca a ferro quente; (vi) fotossensibilização; (vii) dermatites; e, (viii) furos. Foram avaliados também, o comprimento, a área, a massa e a espessura das peles. Resultados: Foram avaliadas 116 peles de caprinos e 31 de ovinos, totalizando 147 peles em que se constatou que as peles de caprinos e ovinos foram classificadas nas categorias pequena (7,1 a 8 dm) e muito pequena (21 a 27 dm2) para os parâmetros comprimento e área, respectivamente. Quanto a massa, as peles de caprinos foram classificadas na categoria leve (1,3 a 2,0 Kg) e as de ovinos na categoria muito leve (0,9 a 1,2 Kg), para peles in natura. Quanto à espessura, as peles de ovinos variaram de 1-3 mm e as de caprinos de 1-2 mm. O número de peles classificadas como “A” foi majoritário no estudo (n= 109; 74,15 %); já na classe B, foram enquadradas 38 peles (25,85 %), e nessa categoria carrapatos na barriga e risco cicatrizado fora do grupon foram evidenciados. Considerando em ordem decrescente a frequência dos defeitos capazes de discriminar as peles nas categorias “A” e “B”, citam-se: risco aberto (25,85 %), presença de carrapatos (5,44 %), risco cicatrizado (2,72 %) e marca a ferro quente (2,72 %). Conclusão: As peles capinas e ovinas são de boa qualidade extrínseca, sendo possível o enquadramento em categorias quanto ao comprimento, área e massa, conforme aparatos regulatórios internacionais, publicações científicas nacionais e exigências de curtumes brasileiros. Apesar de presentes em pequena quantidade, ectoparasitas, riscos abertos e cicatrizados e, marcas a ferro quente podem interferir negativamente na qualidade das peles de ambas as espécies se não forem implementadas medidas de manejo preventivas nas propriedades rurais e nos abatedouros frigoríficos.

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    Palavras-chave

    atributos de qualidade; couro; defeitos; pequenos ruminantes.

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