PROCESSO DE INDUSTRIALIZAÇÃO NO BRASIL: UMA ABORDAGEM HISTÓRICA

A industrialização da economia brasileira protagonizou diversas análises em relação aos fatores que a impulsionaram e qual foi, de fato, o ponto inicial desse processo, envolvendo as ideias de diversos autores. Ressalta-se que no início esse processo foi visto com determinada estranheza, visto que o Brasil era considerado um país agroexportador devido a sua abundância em riquezas naturais e vantagens comparativas em terras, fato esse que serviu de atrativo para os colonizadores portugueses. Pode-se observar que, durante o processo de industrialização, os gêneros de maior participação na indústria eram as atividades de produção de bens intermediários ou bens de capital, destacando a metalurgia e os produtos químicos, já as atividades com menor participação na indústria eram as de bens de consumo não-duráveis, como as de produção têxtil e de alimentos. Ao contrário do que argumentavam alguns autores, a industrialização brasileira não estava relacionada as famílias brasileiras ligadas ao setor cafeeiro, mas, sim, às famílias de imigrantes estrangeiros, principalmente os de origem italiana, representando 34,8% do total. Analisando alguns dados, percebe-se que o desenvolvimento da indústria foi de grande relevância para a industrialização brasileira, embora tenha sido o setor de serviços a apresentar uma maior participação no PIB do Brasil, tanto no ano de 1947, quanto no ano de 2013. Portanto, este trabalho busca levantar e apresentar os principais fatores que contribuíram e a evolução do processo de industrialização, bem como apresentar o debate historiográfico de maior relevância acerca desse processo, realizado entre Celso Furtado e Carlos Manoel Peláez.