PRINCIPAIS MECANISMOS DE RESISTÊNCIA EM STAPHYLOCOCCUS EPIDERMIDIS

Staphylococcus epidermidis é uma bactéria Gram-positiva, oportunista, e importante em infecções hospitalares, principalmente associadas a dispositivos médicos. Diferente de S. aureus, é coagulase-negativa e destaca-se pela formação de biofilmes em superfícies abióticas, contribuindo para sua persistência e resistência antimicrobiana. Suas adaptações incluem adesinas, cápsula extracelular, parede celular espessa e capacidade de sobreviver em ambientes hostis. Os mecanismos de resistência de S. epidermidis são variados e incluem a expressão do gene mecA, que codifica a proteína PBP2a, conferindo resistência a beta-lactâmicos. A resistência intermediária a glicopeptídeos, como vancomicina, ocorre pelo espessamento da parede celular. Mutações nos genes gyrA e grlA, além da ação de bombas de efluxo como NorA, contribuem para resistência a fluoroquinolonas. Resistência a macrolídeos, lincosamidas e estreptograminas é mediada pelo gene erm. A formação de biofilmes, compostos por polissacarídeos e proteínas, dificulta a ação de antibióticos e promove a troca de genes de resistência. O controle das infecções por S. epidermidis requer medidas multidisciplinares e rigorosas, incluindo controle de infecções hospitalares, manejo de dispositivos médicos e desenvolvimento de novas terapias. Sua resistência multifatorial e capacidade de formar biofilmes reforçam a urgência de soluções inovadoras para conter sua disseminação.