PRÁTICAS PREVENTIVAS CONTRA ARBOVIROSES EM UM MUNICÍPIO DO CERRADO MATO-GROSSENSE

Introdução: As arboviroses de maior ocorrência no Brasil atualmente são dengue, zika e chikungunya, e a comunicação em saúde é uma importante estratégia para o controle do Aedes aegypti, principal vetor transmissor dessas doenças. Objetivo: Descrever as práticas preventivas contra arboviroses e verificar a associação com o sexo e a escolaridade da população geral no município de Tangará da Serra, estado de Mato Grosso. Método: Estudo de base populacional realizado entre fevereiro e março de 2018, na zona urbana da cidade de Tangará da Serra, Mato Grosso. Selecionou-se a amostra por conglomerados com sorteio de 34 setores censitários, entrevistas realizadas com um morador adulto por domicílio, aplicando-se questionário semiestruturado e realizada análise bivariada e regressão múltipla de Poisson com variância robusta. Resultados: As práticas preventivas contra arboviroses são predominantemente realizadas por mulheres e por indivíduos com mais de 8 anos de estudo. O sexo masculino apresentou associação estatisticamente significativa com a utilização de roupas que protegem o corpo contra a picada do mosquito e a não utilização de repelente corporal. Referente à escolaridade, a categoria analfabetos/≤ 8 anos de estudo apresentou associação significativa com a não utilização de repelente corporal e de limpeza de áreas que acumulam água, e ainda associação com a utilização de roupas claras e longas e com a limpeza dos reservatórios de água. Conclusões: Concluiu-se que grande parte da população conhece e realiza as principais formas de prevenção contra as arboviroses, porém, muitas pessoas ainda deixam de adotar práticas essenciais contra a transmissão de vírus como dengue, zika e chikungunya, verificando-se a necessidade de rever atividades de comunicação e educação em saúde sobre o tema, considerando o perfil e o contexto da população.