PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM SAÚDE SOB A PERSPECTIVA DA CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE FUNCIONALIDADE, INCAPACIDADE E SAÚDE (CIF): UM MODELO DE ATENÇÃO BIOPSICOSSOCIAL AO MANEJO DAS CONDIÇÕES CRÔNICAS

Abordamos de forma narrativa, com olhar integral o uso das Prática Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), institucionalizadas pela Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no Sistema Único de Saúde (PNPIC) e oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). As 29 diferentes PICS possibilitam à população, condições para prevenção de agravos à saúde, promoção e recuperação da saúde, criando conexão entre o ser humano, o meio ambiente e a sociedade. E aqui, acrescentamos as condições naturais de abordagens terapêuticas das PICS no manejo das Doenças Crônicas não-transmissíveis (DCNTs), como as doenças cardiovasculares, o diabetes mellitus, o câncer, a fibromialgia e a hipertensão arterial sistêmica. Essas práticas dialogam, neste capítulo, com a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) constituída através do modelo biopsicossocial da assistência à saúde. Esta classificação substitui o enfoque negativo da deficiência e da incapacidade por uma perspectiva positiva, considerando as atividades que um indivíduo pode desenvolver, suas alterações de função e/ou da estrutura do corpo, estimulando a construção de meios para um desempenho funcional com qualidade, valorizando a sua participação social. Tem sido um caminho incrível e promissor, testemunhar e contribuir, enquanto promotoras de saúde, com os avanços das PICS articulados com uma preocupação mundial com a promoção de saúde e controle das DCNTs e seus agravos. Olhar o processo terapêutico pelo prisma da funcionalidade, e debruçarmos em estratégias, novas, milenares ou ancestrais, que se configuram em um modelo de ação mais humanizado, com crescente foco na saúde.