POR QUE A FADIGA É TÃO COMUM EM ADULTOS COM TDAH E COMO MANEJAR

O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) é um dos transtornos do desenvolvimento mais comuns na infância, afetando entre 3,4% e 7,2% das crianças. Estima-se que, entre 60% e 80% dessas pessoas continuem apresentando sintomas na fase adulta, o que corresponde a cerca de 5% da população adulta. Nos adultos, o TDAH costuma estar ligado a dificuldades no funcionamento executivo, como problemas com a regulação emocional e a memória de trabalho, que afetam o dia a dia. A origem do TDAH envolve vários fatores, incluindo alterações em diferentes áreas do cérebro e em sistemas de neurotransmissores, especialmente os relacionados à dopamina e à noradrenalina. Um sintoma muito comum em adultos com TDAH é a fadiga, que pode piorar quando há problemas de sono, como insônia e sonolência durante o dia. Entre 25% e 50% desses pacientes também apresentam distúrbios do sono, como apneia, síndrome das pernas inquietas e dificuldades no ritmo do sono, o que prejudica sua qualidade de vida e capacidade cognitiva. Além disso, a fadiga crônica pode estar ligada ao TDAH, já que compartilham sintomas e fatores de risco semelhantes. Neste capítulo foi feita a revisão a literatura existente para entender melhor a relação entre o TDAH em adultos e a fadiga, destacando como é fundamental diagnosticar e tratar os distúrbios do sono. Assim, é possível melhorar a qualidade de vida e as funções cognitivas dessas pessoas, promovendo um cuidado mais completo e eficaz.