PLANTAS MEDICINAIS: UM ESTUDO ETNOBOTÂNICO E O ENSINO DE QUÍMICA ORGÂNICA

A Caatinga é um bioma exclusivamente brasileiro, caracterizado por clima semiárido e de grande diversidade de flora e fauna adaptadas a essas condições, onde muitas espécies vegetais vêm sendo utilizadas há séculos pelas comunidades locais como fonte de medicamentos naturais. Este capítulo tem como objetivo identificar as principais propriedades das plantas medicinais desse bioma e de outros, que são cultivados desde o período colonial no Brasil, por meio de uma revisão da literatura, abordando o uso popular, medicinal e as propriedades farmacológicas das espécies de aroeira, boldo-do-chile, camomila, canela, carqueja, erva cidreira, noz-moscada e melão-de-são-caetano. Entende-se por plantas medicinais, os vegetais que contêm substâncias bioativas com propriedades terapêuticas, profiláticas ou paliativas, enquanto os fitoterápicos são medicamentos obtidos a partir dessas plantas. Nesse contexto, a pesquisa reveste-se de relevância significativa por valorizar saberes tradicionais, e ao mesmo tempo, subsidiar estudos científicos que comprovem a eficácia e a segurança de espécies medicinais. Além disso, evidencia-se sua contribuição para práticas educativas no ensino de Química, ao possibilitar a articulação entre conhecimento científico e o cotidiano, promovendo reflexões sobre a biodiversidade, o uso popular e medicinal, a identificação e a composição Química dos compostos orgânicos, e o potencial terapêutico dessas plantas.