OS NOMES PARA O “DIABO” NAS CAPITAIS NORDESTINAS

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Título

OS NOMES PARA O “DIABO” NAS CAPITAIS NORDESTINAS

Autor(a):
  • Geisa Borges Da Costa

DOI
  • DOI
  • 10.37885/240717217
    Publicado em

    30/10/2024

    Páginas

    126-140

    Capítulo

    7

    Resumo

    O estudo busca descrever e analisar as denominações utilizadas pelos falantes das capitais do Nordeste do Brasil para nomear o item lexical diabo. Para isso, utilizaram-se inquéritos do Projeto Atlas Linguístico do Brasil (ALiB), realizados com 72 informantes, distribuídos equitativamente por ambos os sexos, em duas faixas etárias e dois níveis de escolaridade, selecionados de acordo com os critérios da Dialetologia Contemporânea. Pautando-se nos pressupostos teórico-metodológicos da Geolinguística Pluridimensional, analisou-se a primeira questão do Questionário Semântico-Lexical referente à área semântica da religião e das crenças, com o intuito de documentar a riqueza sinonímica para a variante diabo. Os dados foram coletados através da pergunta: “Deus está no céu e no inferno está ...?”. Foram registrados 206 dados lexicais, concretizados através de 26 variantes: anjo mau, anticristo, besta-fera, belzebu, bicho ruim, cão, capeta, capiroto, chifrudo, coisa ruim, cramulhano, criatura, demo, demônio, desgraça, diabo, encardido, enxofre, inimigo, lúcifer, príncipe dos céus, sapirico, satã, satanás, sujo, troço. A lexia diabo foi a resposta com maior frequência no corpus do trabalho, perfazendo um total de 28% dos dados, seguida de satanás (20%), cão (13%), demônio (8%), capeta (7%) e lúcifer (6%). O estudo demonstrou algumas informações significativas do ponto de vista diatópico: as variantes diabo e satanás foram documentadas nas nove capitais que fizeram parte do estudo e a lexia cão também obteve uma alta produtividade na Região Nordeste. A análise semântico-lexical revelou uma correspondência entre os recursos linguísticos substitutivos do referente diabo e os tabus linguísticos, registrados através de processos metafóricos, eufemísticos e disfemísticos. O estudo serviu para demonstrar a diversidade do léxico religioso do português falado no Nordeste do Brasil, sendo de extrema importância para o conhecimento da multidimensionalidade que a língua portuguesa assume nos diversos espaços físicos e socioculturais.

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    Palavras-chave

    léxico; diabo; atlas linguístico do Brasil.

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