OS ESTUDANTES HOMOAFETIVOS E SUAS RELAÇÕES DE NÃO ACEITAÇÃO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA: UMA REVISÃO NARRATIVA

Este trabalho tem como objetivo: Analisar e discutir as abordagens de aceitação ou não que os/as estudantes com sexualidade homoafetiva recebem nas aulas de Educação Física. Foi utilizada uma abordagem qualitativa mediante uma revisão narrativa da literatura a partir dos termos “Homossexualidade e Educação Física” e “Homofobia e Educação Física. Encontrou-se livros e artigos em pesquisa avançada no google acadêmico e em revistas da Educação Física (Movimento, Pensar a Prática, Motrivivência, Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Motriz, Conexões (UNICAMP), Mackenzie de Educação Física e Esporte, Licere e a revista Motricidade). Os resultados obtidos demonstraram que: a) Historicamente a Educação Física abordou os homossexuais de maneira a regulá-los à norma ou tentativas de curas mediante os exercícios ginásticos e os conteúdos generificados; b) Alguns professores de Educação Física podem colaborar intencionalmente ou não para a manutenção de preconceitos e estereótipos contra homossexuais nas aulas e para além dessas; e c) Em muitas escolas existe um desgaste nas relações, durante as aulas de Educação Física, entre alunos que se orientam como héteros e alunos que se orientam como homossexuais. Assim, concluiu-se que os homossexuais nas aulas de Educação Física parecem ainda não ter suas identidades sexuais aceitas ou respeitadas, submetendo-se a algumas situações desconfortáveis de abordagens preconceituosas e discriminatórias, sejam em atos simbólicos, verbais e, em alguns casos, físicos. Tais situações, vinculam-se de alguma forma à maneira como se estruturou a Educação Física enquanto área/componente curricular, aos colegas de sala e intencional ou não, aos docentes. Por fim, compreende-se que é necessário colher mais informações, para se chegar a resultados mais empíricos e conclusivos.