OCORRÊNCIA E FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À ESCHERICHIA COLI EM PISCICULTURAS NA ILHA DO MARANHÃO



OCORRÊNCIA E FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À ESCHERICHIA COLI EM PISCICULTURAS NA ILHA DO MARANHÃO
Gelsane Andrade
Pedro Dos Santos
Joyce Caroline Braga
Vanielly Vieira
Greiciene De Jesus
Amanda Teles
Rildon Porto Candeira
Viviane Coimbra
Rafael Lobato
Nancyleni Bezerra

28/06/2024
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O desenvolvimento da piscicultura no estado do Maranhão, associada a consciência de que problemas ambientais podem surgir com a atividade, justifica o cuidado que deve ser direcionado para a "qualidade da água” nos cultivos. Objetivo: Nesse contexto, objetivou-se com o estudo determinar a ocorrência e os fatores de risco associados à Escherichia coli em pisciculturas na Ilha do Maranhão. Métodos: Para a realização do estudo foram coletadas amostras de água de pisciculturas dos municípios de Paço do Lumiar, Raposa, São José de Ribamar e São Luís que integram a Ilha do Maranhão, totalizando 18 propriedades destinadas ao cultivo de peixes. Foram coletadas amostras de água, do total de tanques suspensos presentes nas pisciculturas, totalizando 68 amostras. Para a quantificação do número mais provável de E. coli foi utilizado o sistema cromogênico enzimático e para determinar as variáveis associadas à ocorrência da bactéria em estudo foram determinados os fatores de risco por meio de análise estatística univariada com a utilização do teste não paramétrico qui-quadrado (χ2). Resultados: Sete amostras, duas do município de São Luís e cinco do município de Paço do Lumiar apresentaram populações de E. coli que excederam o limite estabelecido na legislação brasileira (> 1.000 NMP/100 mL). Constatou-se que das 68 amostras de água para fins de piscicultura analisadas, em 44 (64,70 %) foram quantificadas populações de E. coli, com valores que variaram de 10 a 24.196 NMP/100 mL. Na totalidade dos municípios amostrados e em 11 propriedades (61,12%) foram quantificadas esse indicador de contaminação fecal, mesmo que em valores inferiores ao estabelecido na legislação brasileira vigente. A variável “presença de animais domésticos na proximidade dos tanques”, apresentou associação estatística significativa (P< 0,05) à ocorrência de E. coli nas pisciculturas. Conclusão: Existe risco potencial de transmissão hídrica de E. coli nas pisciculturas avaliadas. Nesse sentido, é necessário que os produtores promovam um acompanhamento frequente e criterioso da higiene e qualidade microbiológica nos cultivos, além da adoção rápida de medidas preventivas e corretivas que perpassam, sobretudo, pela proteção dos tanques ao acesso de animais domésticos e silvestres. Nessa perspectiva, devem ser implementadas medidas de educação sanitária com todos os colaboradores envolvidos na produção de peixes.
Ler mais...Oreochromis niloticus, microbiologia ambiental, Odds ratio.
ENGENHARIA DE PESCA: O AVANÇO DA CIÊNCIA NO BRASIL - VOLUME 3
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