O PROCESSO DE DESESTABILIZAÇÃO BRASILEIRO (1961-1964) A PARTIR DA ATUAÇÃO DAS ELITES ORGÂNICAS E DO COMPLEXO IPES/IBAD.

O tema escolhido para ser trabalhado neste ensaio bibliográfico é o processo de desestabilização do governo de João Goulart e qual foi o papel do Instituto de Pesquisas Econômicas e Sociais (IPES) e do Instituto Brasileiro de Ação Democrática (IBAD) neste processo. Antes da democracia brasileira sofrer um golpe militar, durante os anos de 1961-1964 uma campanha de desestabilização foi encabeçada pelo empresariado brasileiro, oficiais militares, empresários estrangeiros e com a participação também do governo Estadunidense, entre outros, com o objetivo de eliminar a suposta ameaça comunista no Brasil, que para (DREIFUSS, 1986) define essa, como atuação das elites orgânicas. Essa campanha teve participação intensa desses dois Institutos. O IPES teve grande participação na difusão de ideias anticomunistas e contra o governo de Goulart, como podemos ver no trabalho de (VILELLA, 2014). E o IBAD com financiamento nas eleições gerais de 1962, recebendo subsídios estrangeiros financiando opositores do governo de João Goulart as eleições, como podemos ver no trabalho de (DUTRA, 1963), que era deputado a época. As conclusões são de que o golpe de 1964 teve participação ativa de funcionários Estadunidenses em território brasileiro, além da grande participação desses dois institutos que recebiam subsídios de fonte não muito bem esclarecida.