O POPULISMO ALÉM DE UM ENQUADRAMENTO MERAMENTE TEÓRICO-CONCEITUAL

Este ensaio almeja uma reflexão sobre o fenômeno do populismo para além de um conceito teórico rígido e com características estáveis ou expansivo pela aderência de novos traços em particular. Para isso, busca-se compreender a visão e os argumentos desenvolvidos por Ernesto Laclau, em “A Razão Populista”; Benjamin Arditi, em “Politics on the Edges of Liberalism: difference, populism, revolution, agitation”; Nadia Urbinati, em “Me the people: How populism transforms democracy”; Harry Collins, Robert Evans, Darrin Durant e Martin Weinel, em “Experts and the will of the People: Society, populism and science”; e Pierre Rosanvallon, em “O século do populismo: história, teoria, crítica”. Isto é: abordagens que deslocam a compreensão do populismo para além de um quadro meramente conceitual. Ao final, infere-se que não há apenas um paradigma para a compreensão do fenômeno do populismo; e que sua redução a um processo com características intrínsecas invariáveis ou expansivo por aglutinação de novas nuances não é mais do que uma insuficiência analítica.