O CULTIVO DO CUPUAÇU NA AMAZÔNIA: PERSPECTIVAS PARA A SUSTENTABILIDADE, VERTICALIZAÇÃO E MANEJO

O cultivo do cupuaçu [Theobroma grandiflorum (Willd. Ex. Spreng.) Schum] na Amazônia apresenta um potencial significativo para promover sustentabilidade, inclusão econômica e inovação na região. Como uma frutífera nativa de alto valor, o cupuaçu contribui para a diversificação produtiva da agricultura familiar, gerando oportunidades econômicas para comunidades locais por meio da comercialização de sua polpa e sementes, utilizadas em alimentos, bebidas e cosméticos. Práticas de manejo adequadas, como a poda, consorciação em sistemas agroflorestais e controle fitossanitário, são essenciais para maximizar a produtividade e a qualidade dos frutos, além de reduzir impactos ambientais. O cultivo em sistemas agroflorestais favorece a recuperação de áreas degradadas, o sequestro de carbono e a conservação da biodiversidade, consolidando o papel do cupuaçu na promoção de uma agricultura sustentável. Além disso, as inovações tecnológicas voltadas ao melhoramento genético, como a seleção de cultivares resistentes a doenças e mais produtivas, permitem maior uniformidade e eficiência nas plantações. A verticalização da cadeia produtiva do cupuaçu agrega valor ao produto final, especialmente pela crescente demanda de mercados nacionais e internacionais por itens orgânicos e sustentáveis. A transformação do fruto em produtos diversos e derivados cosméticos aumenta a competitividade e a rentabilidade dos produtores. Em um contexto de mudanças climáticas e necessidade de conservação ambiental, o cultivo do cupuaçu desponta como uma alternativa viável para aliar preservação da floresta amazônica com desenvolvimento econômico, promovendo a bioeconomia e a inclusão social de agricultores fam