NEUROFEEDBACK COMO TRATAMENTO DA DOENÇA DE ALZHEIMER: UMA REVISÃO NARRATIVA

A Doença de Alzheimer (DA) ocorre quando, em algumas pessoas, algumas proteínas como a proteína Tau e fragmentos da proteína APP, os peptídeos β-Amilóide, se juntam em agregados conforme a pessoa envelhece, gerando neurotoxicidade, o que se apresenta, entre outras coisas, como déficits cognitivos, funcionais e comportamentais, interferindo sobretudo na memória. A DA até o momento não tem cura, mas existem tratamentos que visam retardar seu avanço e previnir seus sintomas. Um desses tratamentos é o Neurofeedback, que atua na alteração de padrões cerebrais estimulando a neuroplasticidade, esta que atua permitindo o reestabelescimento de algumas funções cerebrais que foram debilitadas. Neste capítulo, revisamos de forma narrativa a respeito do uso do Neurofeedback, buscando definir suas principais técnicas aplicáveis a pacientes com DA. Os dados foram obtidos a partir de artigos identificados em busca na plataforma PubMed entre os meses de outubro e dezembro de 2021. Observou-se que seu funcionamento se baseia na análise de dados de exames em tempo real do paciente, gerando punições ou recompensas em resposta, de forma a fazer com que o cérebro modifique seu funcionamento em função de um objetivo pré-definido, sendo mais comuns o Neurofeedback por Eletroencefalografia e por Ressonância Magnética. Estudos clínicos sobre o tema são escassos, mas os que existem apontam para um benefício do tratamento com Neurofeedback para pacientes com Doença de Alzheimer.