NECROPILÍTICA: A LUTA PELA VIDA DURANTE A CRISE DO COVID- 19 POR INDÍGENAS E NEGROS

O objetivo deste estudo é analisar as práticas necropolíticas no Brasil, e como elas afetam as vidas de certos grupos sociais, ou seja, se concentra nas mortes em massa de grupos sociais considerados “descartáveis” pelo Estado, no contexto da pandemia da Covid-19. Trata-se de uma pesquisa de caráter exploratório, que utiliza a metodologia da revisão bibliográfica, tendo como eixo central as reflexões conceituais propostas por Mbembe. A ação do Estado em relação à emergência de saúde e a inércia em controlar a pandemia, acabou vitimando a população brasileira em geral, mas em maior quantidade a indígena e negra periférica, configurando uma ação necropolítica de Estado. Evidenciou-se as desigualdades sociais, enraizadas no racismo estrutural e nas desigualdades históricas, que torna esses grupos mais vulneráveis, mais suscetíveis à infecção e morte. É fundamental que a necropolítica seja compreendida como uma prática que viola os direitos humanos e perpetua a desigualdade social. A conscientização sobre essa prática é fundamental para a construção de políticas públicas que garantam o direito à vida e à dignidade humana para todos.