NANOPARTÍCULAS DE LIGNINA E SEUS EFEITOS NAS PROPRIEDADES DO ADESIVO UREIA-FORMALDEÍDO PARA COLAGEM DE MADEIRA



NANOPARTÍCULAS DE LIGNINA E SEUS EFEITOS NAS PROPRIEDADES DO ADESIVO UREIA-FORMALDEÍDO PARA COLAGEM DE MADEIRA
Thamirys Andrade Lopes
Nayara Franzini Lopes
Gabriel Reis Portilho
Frances Alves Andrade
Luana Bertolini de Jesus Silva
Renato Vinícius Oliveira Castro
Gustavo Henrique Denzin Tonoli
Angélica de Cássia Oliveira Carneiro

31/12/2020
219-242
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O objetivo principal deste trabalho foi produzir e caracterizar a nanolignina kraft de pinus e eucalipto e seus efeitos nas propriedades de adesivo ureia-formaldeído comercial para colagem de madeira, tendo como objetivos específicos: avaliar o efeito do número de passagens da suspensão de lignina kraft no moinho Super Masscolloider Masuko Sangyo para obtenção das nanopartículas; caracterizar as nanoligninas e avaliar o efeito da adição destas nas propriedades de adesivos ureia-formaldeído para colagem de juntas de madeira. As nanoligninas foram produzidas a partir da lignina kraft, de pinus e eucalipto, por meio de dois níveis de passagens pelo moinho, sendo 5 e 10 passes. A caracterização das partículas e nanopartículas de lignina kraft foi realizada a partir da técnica de microscopia eletrônica de varredura e de transmissão, determinação de lignina solúvel, insolúvel e o teor de cinzas. A modificação do adesivo comercial de ureia-formaldeído foi feita adicionando-se 0,5; 1; 1,5 e 2% de nanoligninas kraft em solução (5% m/v), em relação ao seu teor de sólidos. Os adesivos foram caracterizados quanto ao teor de sólidos, pH, viscosidade, gel-time e tempo de trabalho. O desempenho dos adesivos foi avaliado por meio do ensaio de resistência ao cisalhamento, na linha de cola, nas condições seco e úmido. As nanopartículas, em geral, se apresentaram em aglomerados com dimensões em torno de 200 nm e estrutura química e composição elementar não foram afetadas pelo método mecânico de obtenção. Em relação às propriedades adesivas, a adição de nanolignina kraft de pinus e eucalipto ao adesivo reduziu os valores de viscosidade, chegando a 6,67 cP, e os valores de teor de sólidos, que chegou a 40% para adesivos modificados com de 2% de nanolignina para ambas espécies. Já o tempo de trabalho aumentou em aproximadamente 100% com a adição de 0,5 para 2% de nanolignina. A adição de nanoligninas ao adesivo ureia-formaldeído ocasionou redução da resistência ao cisalhamento das juntas coladas, na condição seca e úmida, devido ao excesso de água presente nas suspensões, que pode ter atrapalhado as reações de polimerização dos adesivos. Sendo assim, verifica-se que as nanoligninas podem ter atuado como carga nos adesivos e recomenda-se a secagem das suspensões para obtenção e aplicação das nanoligninas em pó.
Ler mais...Palavras-chave: Nanotecnologia; pinus; eucalipto; viscosidade
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