MORTALIDADE MATERNA NO BRASIL: FATORES ASSOCIADOS E AÇÕES PARA SUA REDUÇÃO

A mortalidade materna vai muito além de um dado epidemiológico ou números, ele indica como está a saúde da mulher, da sua acessibilidade ao serviço de saúde e do quanto essa assistência está adequadas às necessidades dessas mulheres. Para tal, é de extrema significância colher informações sobre as tendências e características da mortalidade materna, a fim de que se consiga implementar programas e ações de atenção à saúde a esse público específico. O estudo tem por objetivo analisar os fatores associados a mortalidade materna e identificar ações para sua redução. Consiste em uma revisão de literatura, realizada por meio de artigos científicos online indexados na base de dados do SCIELO, LILACS e MEDLINE, no período de março a maio de 2017. Os resultados revelaram que o risco de morte materna em 2010 foi de uma em 910 e o percentual de declínio anual médio a partir de 1990 esteve em 3,5%. Além de melhorias nos sistemas de saúde e na educação feminina, acesso à saúde e melhores instalações de saúde podem ter contribuído para esta redução, além dos aspectos cultural e religioso que podem influenciar a ocorrência de óbitos maternos. Conclui-se que é necessário o incremento de ações governamentais voltadas para as mulheres em idade fértil, com investimentos na assistência pré-natal e na qualificação inclusive dos profissionais que prestam assistência ao parto. E ainda, melhorias relacionadas aos fatores que tem por base o status socioeconômico das mulheres e as desigualdades de gênero, classe e raça.