MODELO DE COMPOSTEIRA DOMÉSTICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA UTILIZANDO RESÍDUOS ORGÂNICOS COM ADIÇÃO DE FOLHAS SECAS E SERRAGEM



MODELO DE COMPOSTEIRA DOMÉSTICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA UTILIZANDO RESÍDUOS ORGÂNICOS COM ADIÇÃO DE FOLHAS SECAS E SERRAGEM
Elisangela De Araujo
Guilherme Suhadolnik Mandatti Lovato
Gideão Gabriel Gonçalves
Érika Andressa Silva
Maria José Reis
Ester De Sena Carneiro
João Vitor Ferreira Da Silva Reis
Ellen Macinelli Ferreira
Isabela Carolina Oliveira Diegues
Jéssica Batista Oliveira
Maiara De Moura Nogueira

31/05/2023
1267-1280
90
No Brasil, aproximadamente 45,3% dos resíduos sólidos urbanos gerados são de origem orgânica, mas nem 1% são reutilizados, sendo enviados indiscriminadamente para aterros. Nesse contexto, a compostagem surge como alternativa para a destinação adequada e redução do volume de resíduos orgânicos, caracterizada pelo processo de degradação da matéria orgânica por meio da comunidade microbiana em condições aeróbias controladas. Todavia, graduandos do curso de Engenharia Ambiental se deparam com conteúdos teóricos e sem abordagens práticas do assunto compostagem, o que dificulta a aprendizagem, gera dúvidas e inseguranças no momento de realizar uma recomendação técnica. Assim, o presente trabalho surgiu como um projeto semestral das disciplinas de Tratamento de Resíduos Sólidos Agrícolas e Industriais e projetos integradores VIII, ofertada aos estudantes do curso de Engenharia Ambiental da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) e teve como objetivos: I) estudar, planejar e executar projetos de composteiras domésticas visando a reutilização de diferentes resíduos orgânicos domiciliares, II) proporcionar aos discentes um contato direto e de forma prática com várias áreas das ciências, por meio da interdisciplinaridade. No desenvolvimento do projeto, os discentes confeccionaram protótipos de composteiras e, posteriormente conduziram experiências adicionando às composteiras diferentes tipos de substratos a base de folhas secas e serragem. Ao participar das experiências, os discentes puderam vivenciar as dificuldades na etapa de perfuração das caixas, além de verificarem que minhocas californianas (Eisenia fetida) não se adaptaram bem a ambientes com muita serragem e borra de café com açúcar. Descobriu-se que folhas secas de mangueira da espécie Ubá (Mangifera indica) mostrou-se excelente para controle de odores resultantes no processo de decomposição dos resíduos. A partir dos conhecimentos adquiridos na condução dos experimentos, os discentes de Engenharia Ambiental elaboraram manuais de instruções e cartilhas educativas que poderão ser utilizadas em diversas atividades com interfaces de ensino-extensão. Portanto, métodos educacionais que lidam com os discentes de forma a colocá-los como atores sociais e protagonistas de trabalhos ambientais precisam ser desenvolvidos, pois didática não se trata de apenas repassar conteúdos, mas instruir por meio de ações concretas.
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