JUSTIÇA CLIMÁTICA E O PROTAGONISMO DAS MULHERES EXTRATIVISTAS: UM ESTUDO BIBLIOMÉTRICO

A interseção entre racismo ambiental e protagonismo feminino é um tema relevante e emergente, especialmente no contexto das mudanças climáticas e da justiça ambiental. Esta pesquisa objetivou realizar um estudo sobre o papel das mulheres extrativistas na preservação dos ecossistemas e na promoção de práticas sustentáveis, destacando a importância de reconhecer e valorizar suas contribuições. A metodologia envolveu pesquisa qualitativa e medição bibliométrica, com análise de artigos científicos, teses e dissertações nas bases de dados SciELO, Google Acadêmico e Periódicos CAPES. Foram selecionados 23 artigos que abordavam as temáticas de justiça climática, justiça ambiental e protagonismo feminino na Amazônia. Os resultados revelaram um aumento significativo de produções, a partir de 2020, ressaltando a importância de incluir a presença feminina nos diálogos sobre questões ambientais e de justiça climática. A análise apontou para a necessidade de ampliar o reconhecimento e a valorização do papel das mulheres extrativistas como líderes e defensoras do meio ambiente, contribuindo para economias locais, segurança alimentar e resiliência diante das ameaças climáticas e ambientais. No entanto, também evidenciou a escassez de literatura que aborde o protagonismo das mulheres, destacando a persistência de processos de dominação, exploração e violência, que historicamente silenciaram e continuam a dificultar o acesso das mulheres a seus direitos sociais de acesso às políticas públicas