INTERVALOS DE COLETAS DE SÊMEN EM REPRODUTORES SUÍNOS NO INÍCIO DA VIDA REPRODUTIVA: AVALIAÇÃO DOS PARÂMETROS SEMINAIS

Na produção suína, boas taxas de reprodução podem ser alcançadas através da seleção genética e de biotecnologias reprodutivas. Uma dessas biotecnologias é a inseminação artificial, que contribui para disseminar genes e otimizar a reprodução de machos reprodutores. Este estudo teve como objetivo avaliar os intervalos entre as coletas de sêmen de machos no início da maturidade reprodutiva em relação a viabilidade das doses de inseminação. Vinte machos de 9 meses de idade, da linhagem genética Agroceres PIC, foram selecionados e divididos em quatro grupos de tratamento, nomeados de acordo com o intervalo entre as coletas de sêmen: T1: 2 dias; T2: 3 dias; T3: 4 dias e T4: 7 dias. Foram avaliados os valores de motilidade total, volume e concentração espermática dos ejaculados, e o estresse oxidativo por meio de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS). As concentrações espermáticas diferiram, com T3 apresentando concentrações maiores que os grupos T2 e T1, respectivamente. No teste de resistência ao calor T2 e T4 não diferiram em termos de motilidade total, mas a de T4 foi 4,96% maior que T3 e 7,71% maior que T1. Quanto à integridade da membrana plasmática e morfologia espermática, T4 apresentou mais células com membranas intactas que T1, T2 e T3, respectivamente. Com relação ao TBARS, os animais de T1 apresentaram maiores alterações. Por fim, à motilidade total foi maior quando coletados em intervalos de 7 dias. Portanto, os animais podem ser submetidos a um intervalo entre coletas de 3 e 4 dias, sem comprometer as células espermáticas.