INTERSECCIONALIDADE E CAPACITISMO NO TRABALHO EM SAÚDE: UMA REVISÃO NARRATIVA

Introdução: O conceito de deficiência evoluiu de uma visão medicalizada para uma abordagem baseada em direitos humanos e inclusão. No mercado de trabalho, apesar de legislações como a Lei nº 8.213/1991, o preconceito persiste, resultando em salários menores e barreiras à promoção para pessoas com deficiência (PcD). O capacitismo, discriminação baseada na funcionalidade corporal, e a interseccionalidade, que aborda múltiplas identidades, são essenciais para compreender e enfrentar as desigualdades no trabalho em saúde. Objetivo: Refletir sobre capacitismo e interseccionalidade no setor de saúde. Métodos: Revisão narrativa qualitativa com artigos publicados entre 2019 e 2023 nas bases LILACS e MEDLINE/PubMed, utilizando os descritores Disability Discrimination, Intersectional Framework e Health. Dos 50 artigos encontrados, 11 foram selecionados. Resultados: Os estudos foram classificados em: 1) Capacitismo/Interseccionalidade e Desigualdades no Trabalho em Saúde, e 2) Interseccionalidade/PcD e Possibilidades de Inclusão. A discriminação interseccional, incluindo capacitismo e racismo, prejudica a saúde mental, o bem-estar e as oportunidades de carreira de profissionais da saúde. Abordagens interseccionais na educação e prática mostraram-se cruciais para promover inclusão e equidade. Conclusão: Capacitismo e interseccionalidade são centrais para entender as desigualdades no trabalho em saúde. Reformas educacionais e estruturais são necessárias para garantir igualdade de oportunidades e um sistema de saúde mais justo.