IMPLANTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DA TÉCNICA DE ISOLAMENTO DO VÍRUS DA RAIVA (RABV) EM CÉLULAS DE NEUROBLASTOMA MURINO (N2A) NO PARÁ, BRASIL



IMPLANTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DA TÉCNICA DE ISOLAMENTO DO VÍRUS DA RAIVA (RABV) EM CÉLULAS DE NEUROBLASTOMA MURINO (N2A) NO PARÁ, BRASIL
Francisco Amilton dos Santos Paiva
Taciana Fernandes Souza Barbosa Coelho
Alexandre do Rosário Casseb
Eliana Vieira Pinto da Silva
Armando de Sousa Pereira

03/07/2021
308-326
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A raiva é uma doença infecciosa que atinge todos os animais de sangue quente e é causada pelo Rabies lyssavirus (RABV), um rabdovírus neurotrópico, que desencadeia processos patológicos como encefalomielite aguda, sendo este fator diretamente relacionado a alta letalidade da doença. Diante da gravidade da infecção causada pelo RABV, apenas o diagnóstico laboratorial pode fornecer um resultado definitivo, além de ser necessário para o conhecimento da circulação do vírus na região e consequentemente para a adoção de medidas específicas de vigilância epidemiológica e de controle. O teste considerado padrão ouro, para o diagnóstico da raiva é a Imunofluorescência Direta (IFD), entretanto este pode gerar resultados falsos negativos se fazendo necessária a confirmação do resultado utilizando o Isolamento Viral em Camundongo (IVC). Porém, em virtude do uso de animais estarem sendo bastante questionados, a IVC, vem sendo substituída pelo Isolamento Viral em Cultivo Celular (IVCC), que se mostra também uma técnica altamente sensível e especifica para o RABV, agregado à celeridade e a não utilização de animais, Neste sentido, o objetivo deste estudo foi comparar as técnicas de IVC e IVCC, e IFD avaliando a Sensibilidade e Especificidade, tempo de execução, Bioética e bem-estar animal, além de implantar a técnica de IVCC no laboratório de diagnóstico de raiva do Instituto Evandro Chagas (IEC), referência para a região Norte. Para a realização deste trabalho, foram utilizadas 215 amostras de diferentes espécies de animais, que foram encaminhadas por demanda passiva pelas Unidades das Secretarias de Saúde e Agências de Defesa Agropecuária dos estados brasileiros da região amazônica. Os resultados obtidos neste estudo indicam que a técnica de IVCC, mostrou ótima sensibilidade e especificidade em relação à técnica de IVC, porém demonstrou ser superior, pois apresentou um período de tempo mais curto para o diagnóstico da raiva, além de não utilizar animais, contribuindo com os princípios da bioética e do bem-estar animal. Desta forma a técnica de IVCC encontra-se devidamente implantada e com condições de ser utilizada na rotina laboratorial do diagnóstico da raiva do IEC
Ler mais...Raiv,; Diagnóstico, Cultivo Celular.
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