IMPACTOS AMBIENTAIS E DESENVOLVIMENTO REGIONAL NA AMAZÔNIA BRASILEIRA: ESTUDO DE CASO NA REGIÃO DE INTEGRAÇÃO DO TAPAJÓS.

O processo de ocupação da Amazônia brasileira aconteceu em sequência de tentativas e erros, onde a primeira ação foi de ocupar a floresta e desmatá-la, abrindo estradas e fixando a população por meio de ciclos extrativistas, que passaram pela borracha, madeira, ouro e, depois de quase oito décadas, busca-se a remediação dessas ações desmedidas e desorganizadas, promovidas pelo próprio Estado brasileiro. Em função da grande expansão da população de imigrantes no território amazônico, os povos originários foram severamente afetados, uma vez que para essa “ocupação” territorial, não foi pensado, nem avaliado, como todo esse processo afetaria as populações originárias e tradicionais da região, o seu modo de vida, bem como a saúde ambiental desse bioma extremamente importante para o planeta, e que passa a ser afetado por exploração predatória e descontrolada. Na Região de Integração do Tapajós, onde hoje ocorrem conflitos entre exploração mineral e conservação da natureza, que essa área foi o ponto chave do Plano de Integração Nacional, da década de 1950. A Amazônia brasileira foi aberta, pelo próprio Governo Federal, por décadas, para a implantação de projetos de “desenvolvimento” e integração nacional. É notório que os projetos deram errado, ao longo do tempo, não tiveram o acompanhamento devido, e com a mudança das políticas internacionais, com uma cobrança sobre a conservação da Amazônia, o próprio Governo Federal passa a implantar novos projetos, agora de conservação, sobrepondo aos outros projetos que já estão no local, há décadas, e sem um suporte adequado de viabilidade. O saldo de toda essa discussão é que, além de todos os problemas sociais evidenciados, temos um agravamento crescente das questões ambientais, especialmente com perda de biodiversidade, modificação de ecossistemas, o que trará consequências intangíveis para as futuras gerações.