GEOMETRIA DE RESÍDUOS LIGNOCELULÓSICOS E SUA RELAÇÃO COM AS PROPRIEDADES TECNOLÓGICAS EM COMPÓSITOS AGLOMERADOS

Objetivo: Avaliar o efeito da geometria das partículas de resíduos lignocelulósicos nas propriedades físicas e mecânicas de compósitos aglomerados. Métodos: Foram usados como resíduos lignocelulósicos: fuste de mamoeiro, casca de café, carpelo de noz macadâmia e serragem de eucalipto. Estes foram utilizados três proporções em relação à massa seca de madeira, e combinadas com serragem de eucalipto. Os compósitos foram produzidos por compressão e com adesivo tanino-ureia-formaldeído, com uma relação de 10:90, sendo o tanino de Acacia mearnsii diluído em água destilada (50%). Foram produzidos compósitos de aproximadamente 420 × 420 × 12 mm, em camada única, com densidade nominal de 0,70 g/cm3, com base na razão de compactação de 1,30. Determinou-se a densidade dos compósitos e foram avaliadas a resistência à tração perpendicular, módulos na flexão estática e a resistência ao arrancamento de parafuso na superfície. Resultados: Os resíduos apresentaram os seguintes intervalos médios para comprimento partículas: 0,59 a 0,96 cm, perímetro: 1,69 a 2,32 cm e área: 0,08 a 0,20 cm2. As densidades reais dos compósitos variaram de 0,58 a 0,73 g/cm3 para uma razão de compactação variando de 1,19 a 1,35. Conclusão: A correlação de Pearson não apontou significância (p ≤ 0,05) entre as características das partículas e a densidade, apenas para os módulos de ruptura e de elasticidade.