FESTIVAL DA CANÇÃO DE ITACOATIARA (FECANI): UMA ANÁLISE DA LÍNGUA, LITERATURA E CULTURA SOB A ÓTICA DO DISCURSO

O artigo aborda a importância da música como uma forma de expressão cultural e histórica, indo além de simplesmente ser algo agradável de se ouvir. O autor, inspirado por ideias de Bloch e Halbwachs, enfatiza como a música permite transcender pensamentos e sentimentos individuais, conectando-nos com o mundo ao nosso redor. Ele explora a relação entre música, cultura e sociedade, usando o Festival da Canção de Itacoatiara (FECANI) como um estudo de caso para entender essas dinâmicas. Destaca-se a presença da Amazônia nas composições do FECANI, sugerindo que essas músicas oferecem insights valiosos para reflexões sobre o passado e o presente, contribuindo para uma compreensão mais profunda das estruturas sociais. O artigo também menciona a ligação entre eventos culturais como festivais de música e a economia local, ressaltando a importância de considerar esses aspectos financeiros ao analisar manifestações artísticas. Além disso, o texto aborda o contexto político do Brasil durante a ditadura militar, destacando como os festivais de música se tornaram formas de resistência e expressão cultural contra o regime autoritário. A discussão se estende para a filosofia da história, contrastando a perspectiva universal do racionalismo histórico de Descartes com a visão culturalmente centrada de Herder, enfatizando a importância de entender a história a partir das subjetividades culturais e identidades históricas. No cerne do artigo está a questão sobre o impacto das músicas vencedoras do FECANI na história, sociedade, cultura e economia, destacando a necessidade de uma análise crítica dessas canções para compreender seu significado e implicações mais amplas. Em suma, o artigo enfatiza a música como uma ferramenta poderosa para entender e questionar a história e a sociedade, oferecendo insights valiosos para estudos culturais e históricos.