FA E FLUTTER

A fibrilação atrial (FA) é a arritmia sustentada mais comum globalmente, com uma prevalência crescente devido a fatores como o envelhecimento populacional, aumento da obesidade, maior detecção e sobrevivência prolongada com doenças cardiovasculares. Em 2020, a prevalência global foi estimada em 50 milhões de casos. Está associada a um aumento significativo na utilização de serviços de saúde e custos, com pacientes apresentando maior risco de internações e visitas a departamentos de emergência. A FA é associada a um risco aumentado de morte, acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca, infarto do miocárdio e outras complicações cardiovasculares. O risco de mortalidade pode ser maior em mulheres do que em homens, e está associada a um risco 2,4 vezes maior de acidente vascular cerebral e 5 vezes maior de insuficiência cardíaca. Em relação aos fatores de risco não modificáveis para esta doença, encontram-se o sexo masculino, o avançar da idade, a etnia (não-caucasianos) e fatores genéticos. O risco de desenvolvimento dessa enfermidade aumenta pela presença de comorbidades, principalmente aquelas que afetam o sistema de condução e de contração atrial. Dentre esses, temos a Hipertensão Arterial Sistêmica, Diabetes Mellitus, Hipertireoidismo, Coronariopatias, Insuficiência Cardíaca, Valvopatias, Obesidade, Tabagismo e Etilismo.