EVOLUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL: UMA ANÁLISE DE 15 ANOS DA LEISHMANIOSE VISCERAL EM SÃO JOSÉ DO RIO PRETO, SP, BRASIL (2008-2023)

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Título

EVOLUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL: UMA ANÁLISE DE 15 ANOS DA LEISHMANIOSE VISCERAL EM SÃO JOSÉ DO RIO PRETO, SP, BRASIL (2008-2023)

Autores:
  • Denise Maria Bussoni Bertollo

  • José Eduardo Tolezano

DOI
  • DOI
  • 10.37885/240717191
    Publicado em

    30/09/2024

    Páginas

    56-68

    Capítulo

    4

    Resumo

    A Leishmaniose Visceral (LV) é uma zoonose que representa um desafio significativo para a saúde pública, especialmente em regiões endêmicas como São José do Rio Preto, no estado de São Paulo. Causada pelo protozoário Leishmania e transmitida por flebotomíneos do gênero Lutzomyia, a LV tem mostrado variações notáveis na incidência de casos entre humanos e cães, bem como na presença de vetores. Este estudo teve como objetivo investigar a progressão e o padrão de distribuição da LV em São José do Rio Preto, SP, Brasil, ao longo de um período de 15 anos, compreendido entre 2008 e 2023. A pesquisa fundamentou-se na análise de dados epidemiológicos categorizados, abrangendo a ocorrência de vetores e a transmissão da doença tanto em caninos quanto em humanos, coletados dos registros oficiais de órgãos de saúde. Para uma análise evolutiva detalhada, optou-se pela construção de mapas geográficos, segmentando o período estudado em três fases quinquenais. De 2008 a 2012, observou-se o início da presença de casos humanos, caninos e de vetores em municípios como Jales, Urânia e Santa Fé do Sul. No intervalo de 2013 a 2017, houve um aumento na transmissão combinada de humano, cão e vetor em cidades como Aparecida d’Oeste e Fernandópolis, com um crescimento contínuo na presença de vetores e cães. Entre 2018 e 2022, a diversificação dos focos de transmissão se tornou evidente, com a presença simultânea de casos humanos, caninos e vetores em São José do Rio Preto e registros de LV canina em municípios sem a presença de vetores. Em 2023, não foram detectados novos casos de LV, o que pode indicar uma redução temporária na incidência ou possíveis lacunas na vigilância. Os resultados do estudo indicam que a distribuição da LV variou significativamente ao longo dos anos, sugerindo alterações nos padrões de transmissão. A ausência de novos casos em 2023 pode ser interpretada como uma possível diminuição na incidência da doença ou como um indicativo de falhas no sistema de vigilância. A identificação de novos focos de transmissão e a presença de LV canina em áreas sem vetores conhecidos ressaltam a importância de um monitoramento contínuo e de investigações entomológicas aprofundadas. Essas ações são fundamentais para esclarecer a dinâmica de disseminação da doença e para ajustar as estratégias de controle e prevenção.

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    Palavras-chave

    leishmaniose visceral; análise espacial; doenças transmitidas por vetores; epidemiologia; cães.

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