ESTUDO EXPERIMENTAL DA SECAGEM DE TÁBUAS DE PINUS TAEDA: EFEITO DAS VARIÁVEIS DO PROCESSO SOBRE A VELOCIDADE DE SECAGEM E DEFEITOS GERADOS NO MATERIAL DESIDRATADO

Buscou-se quantificar o efeito das variáveis temperatura (T = 40, 60 e 80°C), velocidade forçada do ar (u∞ = 0, 0,6 e 1,2 m/s) e direção de corte da madeira (tangencial e radial) sobre a velocidade de secagem e defeitos mais comuns encontrados na madeira seca (rachaduras, tensões residuais e empenamentos). Para experimentação, empregou-se estufa de secagem com adaptação de um sistema de ventilação e controlador de velocidade forçada do ar no interior da câmara de secagem. Foram realizados nove experimentos em escala laboratorial, cada qual com nove corpos de prova de espessura 27 mm e comprimento 400 mm de madeira cortada na direção tangencial e nove com corte radial, totalizando 18 diferentes ensaios. No final da secagem (teor de umidade ≤ 10%), a qualidade da madeira foi avaliada e quantificado o número de defeitos. Os maiores valores médios da taxa máxima de secagem (vmáx = 15 Md%/h) e fluxo de secagem (Vmáx = 0,051 g/cm2.h) foram obtidas com T = 80 ºC e u∞ = 1,2 m/s, independentemente do tipo de corte da madeira. Para menores valores de T e u∞ (40 ºC e 0 m/s), os respectivos valores de velocidade foram da ordem de 15 vezes menores. Essa maior velocidade de secagem ocasionou maior ocorrência de defeitos na madeira seca com o corte tangencial, em comparação ao corte radial. De uma maneira geral, ficou evidente que a madeira de Pinus taeda de corte radial é menos suscetível a defeitos provocados pela secagem do que o mesmo tipo de madeira cortado tangencialmente.