ESTUDO ESPECTROSCÓPICO E MORFOLÓGICO DA FARINHA DE PUBA ARTESANAL E INDUSTRIAL

A farinha de puba é um produto derivado da mandioca, amplamente consumido no Brasil, especialmente na região Nordeste. Devido à sua relevância econômica e cultural na culinária brasileira, este estudo com a farinha de puba artesanal e industrial teve como objetivo principal determinar o teor de cinzas e analisar suas características químicas utilizando técnicas como FTIR, espalhamento Raman e EDX acoplado a MEV. Os resultados indicaram que a farinha industrial apresenta um teor ligeiramente superior de cinzas (12,7±0,9%) em comparação à artesanal (10,1±3,7%). As análises espectroscópicas revelaram diferenças significativas nos espectros de infravermelho, destacando a presença de grupos alifáticos terminais e grupos carboxilato nas estruturas químicas dos lipídios e carboidratos das farinhas. A análise por MEV evidenciou diferenças na morfologia das partículas de farinha. No espectro de EDX, foram detectadas apenas bandas de carbono e oxigênio, indicando a ausência de contaminantes não orgânicos. O espectro Raman mostrou uma ampla banda entre 500 cm-1 a 2000 cm-1, refletindo uma combinação de vibrações de ligações como C-O-C de glucose, amido, lipídios e proteínas. Em resumo, o estudo oferece informações detalhadas sobre as propriedades físicas e químicas das farinhas de puba artesanal e industrial.