ESTUDO ESPACIAL E TEMPORAL DA INCIDÊNCIA E MORTALIDADE POR AIDS E SUA RELAÇÃO COM A VULNERABILIDADE SOCIAL EM GOIÁS, 2008 A 2019

Considerando a heterogeneidade da propagação da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, tem-se como objetivo analisar a distribuição espacial e a tendência temporal da Aids no estado de Goiás, no período de 2008 a 2019. Por meio de um estudo ecológico misto, contando com os seguintes mecanismos de análise: metodologia bayesiana, índice de Moran, diagrama de dispersão de Moran, Box Map e Moran Map para a análise espacial. E, o modelo Joinpoint para a análise temporal. Foram verificados 5.741 novos casos e 1.666 mortes por Aids durante o primeiro período de estudo (2008-2013), e 6.196 novos casos e 1.756 óbitos por Aids durante o segundo período de estudo (2014-2019). A partir das análises observou-se que a taxa bruta de incidência de Aids durante o primeiro período analisado foi de 15,8 pessoas/100 mil. E, a taxa bruta de mortalidade por Aids, 4,6 óbitos/100mil. Para o segundo período, taxa bruta de incidência correspondeu à 15,3/100 mil. E taxa bruta de mortalidade por Aids, 4,3/100 mil. Na análise espacial foi identificada a repetição das áreas de saúde Sudoeste I, Sudoeste II, Sul, Centro Sul, Central e Estrada de Ferro como clusters alto-alto (áreas críticas) tanto para as taxas de incidência como para as taxas de mortalidade nos dois períodos analisados. Na análise temporal, o estado de Goiás apresentou breakpoints para as taxas de incidência. No período de 2009 a 2011 houve uma tendência de crescimento médio de 0,89 pessoas/100 mil por ano. No período de 2012 a 2016 houve uma queda média de 0,58 pessoas/100 mil por ano. E, de 2017 a 2019, houve uma tendência de crescimento médio de 2 pessoas/100 mil por ano