ESTUDO DE EPIFITAS EM RELAÇÃO AOS FORÓFITOS EM UMA FLORESTA PRIMÁRIA E FRAGMENTO FLORESTAL URBANO

Este estudo foi realizado na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Uatumã e no fragmento florestal da Universidade Federal do Amazonas, e visou analisar a distribuição de epífitas nos forófitos em ambientes contrastantes, de floresta primária e fragmento florestal urbano. Assim foi realizada a instalação das parcelas para o inventário, atendendo às medidas de altura, DAP (Diâmetro à altura do Peito) ≥ 11 cm. Como também o nome da espécie, família, presença ou não de epífitas. As parcelas tinham o tamanho de 10 m largura por 20 m de comprimento, no total de 50 parcelas, em 10.000 m2,. Cada ambiente (floresta primária e fragmento florestal) teve 10.000 m2. Foram levantadas individualmente para cada espécie as seguintes questões: presença de epífita, e dados dos forófitos (árvores): tipo de casca, persistência da casca, exsudação e observações. Dos 665 indivíduos amostrados, 246 apresentaram presença de epífitas no ambiente de floresta primária, e 174 no ambiente de floresta urbana. Nas duas áreas amostradas as famílias mais importantes foram, Fabaceae, Lecythidaceae e Moraceae. Observou-se a predominância na ocorrência de epífitas em árvores cujo DAP variou de 11cm a 35cm, altura de 11m a 25m. Dos forófitos avaliados, 308 foram de floresta primária e 357 de floresta urbana. Destes 69% tiveram presença de epífitas em floresta primária e 56% em floresta urbana. Houve uma preferência maior de epífitas por forófitos de tronco liso e persistente (que não sofre alterações contínuas), tanto na área de floresta primária quanto na área de floresta urbana. O estudo revelou que mais de 50% das espécies florestais arbóreas, foram forófitos, nos dois ambientes estudados, preferindo os forófitos de casca lisa e fissurada, ritidoma persistente.