ESTIMATIVA DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO NA FLORESTA ESTADUAL DO ANTIMARY: COMPARAÇÃO DE MÉTODOS E CENÁRIOS FUTUROS DO IPCC

A floresta amazônica, a maior do mundo e uma das áreas de maior biodiversidade, desempenha um papel fundamental no ciclo climático global. Estudos sobre a evapotranspiração nessa região são essenciais para entender sua influência nesse ciclo. O presente trabalho teve como objetivo avaliar diferentes métodos de estimativa da evapotranspiração (ETo), comparando-os ao método de Penman-Monteith (PM), considerado padrão, utilizando cenários futuros do IPCC. Além disso, foram desenvolvidos scripts práticos em R para o cálculo da Eto. A área de estudo foi a Floresta Estadual do Antimary. Para a estimativa da ETo, utilizando tanto o método padrão (PM) quanto os métodos alternativos Irmak 1 e 2, Alex e Hargreaves-Samani, foram empregados dados de temperatura mínima e máxima do ar, precipitação e velocidade do vento. As estimativas foram realizadas tanto para o período de referência (1969-2021) quanto para cenários futuros (2021-2100) baseados nos SSPs do IPCC: SSP 1-2.6, SSP 2-4.5, SSP 3-7.0 e SSP 5-8.5. Os scripts desenvolvidos no RStudio permitiram o cálculo da ETo por meio dos diferentes métodos, além de análises estatísticas comparativas. As estimativas de ETo pelo método PM foram menores no cenário SSP 1-2.6, com um valor de 67,83 mm d⁻¹, e maiores no SSP 5-8.5, com 68,80 mm d⁻¹. O método Irmak 2 apresentou a maior correlação com o método PM, com valores de correlação variando entre 0,997 e 0,999, e erro padrão de estimativa (EPE) de 0,018 mm d⁻¹ a 0,027 mm d⁻¹ em todos os períodos analisados. Todos os métodos alternativos avaliados demonstraram boas correlações com o PM, sendo adequados para estimativas de ETo na região da Floresta Estadual do Antimary.