EPIGENÉTICA, INFLAMAÇÃO E TRANSTORNOS MENTAIS: MECANISMOS E NOVAS ABORDAGENS TERAPÊUTICAS

A relação entre epigenética, inflamação e transtornos mentais, como depressão e ansiedade, tem sido amplamente estudada na última década. A epigenética envolve mudanças na expressão gênica sem alterar a sequência de DNA, influenciadas por fatores como dieta, toxinas e estresse. Essas alterações epigenéticas, como metilação do DNA estão ligadas à inflamação crônica e ao eixo hipotálamo-pituitária-adrenal (HPA) que regula a resposta ao estresse e pode aumentar a vulnerabilidade a transtornos mentais. A inflamação crônica, associada ao aumento de citocinas pró-inflamatórias como IL-1, IL-6 e TNF-α, afeta a função neural e cognitiva, contribuindo para a depressão e a ansiedade. Além disso, a microbiota intestinal desempenha um papel importante na regulação da inflamação e na modulação epigenética dos circuitos neurais, reforçando a conexão entre disbiose intestinal e agravamento dos sintomas. Intervenções como o uso de probióticos têm mostrado potencial para melhorar a saúde mental, regulando a inflamação e modificando marcas epigenéticas. O objetivo desta revisão sistemática foi de discutir a interação entre epigenética e inflamação, modulação da inflamação e microbiota na depressão e ansiedade.