ENTEROBACTER ASBURIAE RESISTENTE À CARBAPENEM ISOLADO A PARTIR DE SUPERFÍCIES DE UM HOSPITAL DE MÉDIO PORTE: ENTEROBACTER ASBURIAE RESISTENTE À CARBAPENEM ISOLADO A PARTIR DE SUPERFÍCIES DE UM HOSPITAL DE MÉDIO PORTE

Os medicamentos carbapenêmicos são última opção de escolha para tratamento de Enterobactérias, porém a resistência à esses fármacos tem aumentado. Resta-nos investir em medidas de bloqueio da disseminação da transmissão cruzada. O objetivo do presente estudo foi de avaliar a presença de resistência aos carbapenêmicos de bactérias como colonizantes de funcionários bem como de isolados em superfícies de objetos. Métodos: Foram utilizados swab’s de superfícies e interdigitais dos funcionários do hospital, inoculadas em meio TSB contendo um disco de imipenem (10 pg) e após incubação a 36 °C por 12 a 18h, transferidas para ágar MacConkey e realizados os testes de identificação bacteriana e detecção de resistência. Resultados: A partir de 38 coletas de interdigital dos profissionais do hospital e 17 coletas de superfícies, obtivemos dois resultados positivos para presença de enterobactéria resistente aos carbapenêmicos. 0s isolados foram identificados como Enterobacter asburiae e o teste de bloqueio enzimático mostrou não se tratar de resistência mediada por enzimas. Discussão: E. asburiae é um patógeno oportunista que causa diferentes doenças humanas e tem resistência intrínseca à vários fármacos beta-lactâmicos. A cepa isolada nesse estudo também apresentou resistência aos carbapenêmicos dificultando ainda mais o tratamento. Enterobactérias que causam infecções em humanos com menor frequência podem ser isoladas a partir de superfícies, carreando mecanismos de resistência. Tal fato pode explicar infecções futuras através da contaminação cruzada