EMERGÊNCIAS CARDIOLÓGICAS

A dissecção aórtica aguda é uma condição cardiovascular grave e potencialmente fatal, caracterizada por uma laceração na camada íntima da aorta, permitindo que o sangue penetre na camada média e crie um falso lúmen. Isso pode levar a complicações graves, como regurgitação aórtica aguda, isquemia miocárdica, tamponamento cardíaco, acidente vascular cerebral agudo ou síndromes de malperfusão. Epidemiologicamente, a incidência de dissecção aórtica varia entre 2,5 a 7,2 casos por 100.000 pessoas por ano, com variações regionais significativas. A dissecção aórtica é mais comum em homens e em indivíduos entre 50 e 70 anos de idade. Estudos indicam que a incidência pode estar subestimada devido a dificuldades diagnósticas. Os principais fatores de risco para a dissecção aórtica incluem hipertensão arterial, que é o fator de risco mais prevalente, e aneurismas aórticos. Doenças genéticas do tecido conjuntivo, como a síndrome de Marfan, síndrome de Loeys-Dietz e síndrome de Ehlers-Danlos vascular, também aumentam significativamente o risco, especialmente em pacientes mais jovens. Outras condições associadas incluem válvula aórtica bicúspide e mutações genéticas específicas.