EM BUSCA DE EQUIDADE: GÊNERO, RAÇA E INTERSECCIONALIDADE NO TRABALHO EM SAÚDE

As desigualdades estruturais e suas implicações no setor de saúde fundamentado no conceito de interseccionalidade de Kimberlé Crenshaw explora como discriminações baseadas em raça, gênero e outras dimensões sociais se entrelaçam, gerando experiências complexas de exclusão e opressão. Trata-se de uma revisão narrativa que utilizou as fontes das bases SciELO e Google Acadêmico, com foco em obras sobre saúde, gênero, raça e equidade, organizadas por eixos temáticos para análise integrada. A pesquisa destaca que, apesar do Sistema Único de Saúde declarar o acesso universal e igualitário, persistem barreiras estruturais que impactam negativamente tanto pacientes quanto profissionais, sobretudo aqueles pertencentes a grupos marginalizados. Os resultados revelam que o racismo estrutural, o sexismo e práticas discriminatórias nos serviços de saúde perpetuam desigualdades históricas, enraizadas em ideologias como o "darwinismo social". Essas dinâmicas afetam o acesso e a qualidade dos serviços e o ambiente de trabalho, onde mulheres negras e outros grupos enfrentam desvalorização, discriminação e falta de reconhecimento. Portanto, alcançar equidade em saúde exige reformas estruturais, ações intersetoriais e mudanças nas políticas públicas que reconheçam as múltiplas opressões. Reforçando o compromisso com a justiça social, visando à criação de um ambiente de saúde equitativo, que beneficie tanto os profissionais quanto os usuários.